
A Geribello é uma empresa de Engenharia Consultiva fundada em 1979, que oferece serviços especializados de gerenciamento, supervisão e fiscalização de obras, além de gerenciamento social e ambiental, topografia e geodesia e estudos de mercado. A companhia tem uma ampla carteira de clientes que inclui empresas como o Departamento de Estradas de Rodagem, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), a DERSA, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), além de diversas prefeituras municipais.
Uma de suas principais características é a preocupação constante em minimizar impactos ambientais e sociais em seus projetos. Isso se demonstra na busca por soluções sustentáveis que consideram a preservação do meio ambiente e o bem-estar das comunidades locais.
Mesmo depois de mais de quatro décadas de experiência, a Geribello continua aprimorando seus processos e investindo em novas tecnologias para oferecer serviços e soluções mais inteligentes aos seus clientes. Além disso, tem um forte compromisso com a capacitação de seus funcionários, oferecendo treinamentos e cursos de atualização para garantir que sua equipe esteja sempre preparada para enfrentar os inúmeros desafios do setor.
Com essa visão de mercado, a Geribello se consolida cada vez mais como uma referência na área de engenharia consultiva no Brasil.
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O DESAFIO //
No final de 2020, em meio à propagação mundial do novo coronavírus, a Geribello – assim como várias empresas do ramo da construção civil – enfrentava desafios significativos, especialmente em suas estruturas internas. “A empresa já vinha passando por um processo de desalinhamento entre alguns sócios, por diferentes fatores e a pandemia acabou evidenciando tal situação”, explica Luciano Alcazar Tani, atual diretor presidente, que destaca as questões de saúde, a insegurança sobre o futuro e a adaptação às novas condições de trabalho como algumas das principais preocupações que tinham à época. A falta de clareza sobre os papéis dos sócios e diretores gerava conflitos entre eles, tornando a comunicação ineficaz e dificultando os processos decisórios fundamentais naquele momento de grandes adaptações.
Havia ainda outros impasses que prejudicavam o fluxo das decisões na organização: o distanciamento físico de alguns sócios e a sobrecarga de trabalho que recaía sobre outros tornava evidente a necessidade de uma reestruturação na gestão.
Além disso, o fundador e então diretor superintendente Marcos Geribello, de 81 anos, havia decidido afastar-se da direção da empresa e era necessário preparar seu sucessor. Ou, nas palavras do próprio Marcos: “eu precisava que a Geribello fosse uma empresa que sobrevivesse ao fundador”.
Apesar disso, os negócios iam bem, com assinaturas de novos contratos, estabilidade financeira e sem a expectativa de grandes demissões. “O momento era favorável para a implementação de um projeto que causaria tantas mudanças. Porém, a princípio, o principal desafio seria obter dos sócios e familiares o convencimento da necessidade de implementar um processo de reestruturação”, relembra Luciano.
A ideia da parceria com uma consultoria especializada surgiu como uma busca por um olhar externo e diferenciado sobre os desafios que a Geribello enfrentava no dia a dia e, o mais importante: por uma estratégia para a construção de uma empresa altamente profissionalizada.
Foi aí que a Consense entrou em cena para compreender o momento da companhia e mapear as necessidades e anseios dos gestores, com o objetivo de desenhar os primeiros passos.
“O diagnóstico nos mostrou como a Geribello sofria as consequências de uma gestão predominantemente familiar, com muitas decisões baseadas mais nos desejos pessoais das lideranças do que em critérios técnicos. Além disso, ficou evidente que não havia muita clareza sobre os papeis, as autonomias e as alçadas de decisão das lideranças. O que travava o andamento do negócio de forma geral”, comenta Anderson Siqueira, sócio fundador da Consense.
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A 1º SOLUÇÃO: ALINHAMENTO DE GOVERNANÇA SOCIETÁRIA //
O primeiro passo seria fortalecer a sintonia entre os agentes societários, ou seja, entre a família controladora e os sócios em geral. Era fundamental que, antes de iniciar qualquer mudança, se criasse uma base sólida – tanto no sentido da estrutura do time quanto de sua consciência – para que estes grupos trabalhassem de forma mais eficiente e harmônica.

Dessa forma, em janeiro de 2021, a Consense e a Geribello deram início ao projeto Alinhamento de Governança Societária, mergulhando de cabeça nas relações entre os sócios e buscando compreender suas visões individuais sobre o futuro do negócio.
Também foi importante promover discussões para que pudessem refletir conjuntamente sobre o papel da governança e a importância de estabelecer limites entre os assuntos próprios da gestão da empresa e os temas pertinentes apenas ao universo da propriedade.
Fabio Kok Geribello, filho do fundador e atual presidente do Conselho de Sócios da empresa, era uma das pessoas que apostava no sucesso do projeto desde o início, apesar de ter consciência dos desafios naturais que envolvem uma mudança de paradigmas. “Os principais desafios são mudar o status quo e administrar as expectativas. Muito se espera de resultados a curto prazo, porém eles de fato aparecerão a médio e longo prazos. Em ambos os casos o relacionamento entre a família e os sócios e a diferença de papel de cada uma destas instâncias são de suma importância para que a mudança realmente aconteça”, ele analisa.
Com isso em mente, a Consense propôs discussões sobre a melhor forma de organizar os núcleos de administração familiar e de gestão do negócio até chegar na criação do Conselho de Sócios, com a função de ser um espaço permanente de deliberação entre todos os sócios diretos da Geribello.
“No início, nós acompanhamos a execução das reuniões do novo conselho e, desta forma, apoiamos a resolução dos conflitos que originaram o trabalho, já usando o conselho como meio deliberativo e mediador para a conversa”, relembra Anderson.
Ainda nessa fase inicial, Rodrigo Geribello, membro do Conselho de Sócios, sentiu efeitos positivos: “Primeiro eu me aproximei e entendi melhor os processos e a cultura da empresa. Notei também uma organização e, aos poucos, um comprometimento dos sócios com os rituais e encontros”, ele destaca.
Com papéis bem estabelecidos e uma dinâmica consolidada, o Conselho de Sócios tinha agora mais clareza e força para tomar as decisões que lhe cabiam e garantir que a Geribello seguisse uma direção coerente e estratégica.
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A 2º SOLUÇÃO: ALINHAMENTO DE GOVERNANÇA FAMILIAR //
Ao mesmo tempo em que foi fundamental criar um Conselho de Sócios para garantir um grupo focado nas decisões do negócio, era igualmente importante apoiar o envolvimento dos familiares do fundador no gerenciamento do patrimônio, que se estende para além da Geribello. A solução proposta pela Consense foi a criação de um Conselho de Família, reunindo Marcos Geribello e seus três filhos, Patrícia, Fabio e Rodrigo em torno dos assuntos pertinentes à propriedade.

Para isso, foi necessário, antes de tudo, compreender aspectos da história da família, da relação entre os membros, dos princípios e valores que nortearam essa história e refletir sobre a importância de ter um protocolo de manutenção do alinhamento familiar. Para Marcos, era especialmente importante ver seus filhos unidos e envolvidos na continuidade de seu legado profissional: “Da mesma forma como eu fui criado com um senso de cuidado muito forte com minhas três irmãs – já que era o único homem – eu queria que os meus filhos também tivessem isso”, comenta ele.
Assim, a partir de fevereiro de 2021, se deu a implementação do projeto Alinhamento de Governança Familiar, que começaria a sedimentar as bases para a sucessão do patriarca.
“Os principais desafios estavam em remodelar comportamentos e crenças sobre como as coisas funcionavam. No caso do Marcos, abrir mão de seu poder central como fundador e lidar com o processo de transição da liderança principal para parte dos conselhos de sócios e de família”, explica Anderson Siqueira, da Consense.
Havia ainda outros impasses: o filho Fabio Geribello desejava deixar o cargo de diretor, mas seguir fazendo parte das estruturas decisórias. Por outro lado, Patrícia e Rodrigo tinham pouco envolvimento com a empresa e era importante criar espaços para que se conectassem com o negócio e pudessem opinar nos assuntos que diziam respeito ao patrimônio. “Foram diversos os impasses, mas havia um senso geral de dever e dedicação da família que ajudou o processo”, avalia Anderson.
Essa disponibilidade de encarar os conflitos e resolvê-los em conjunto foi primordial para o sucesso do projeto ainda nos seus primeiros momentos. Patrícia Cabral, nomeada presidente do Conselho de Família, destaca o impacto inicial da formação da nova estrutura: “Criou-se uma rotina, um espaço de troca e escuta. Mesmo que no início tenha sido difícil, pouco entendido, mesmo que o nível de consciência das pessoas seja diferente. Aprendemos juntos e a abertura foi aos poucos se tornando uma porta e, hoje, um caminho”.
Com o acompanhamento inicial da equipe Consense, as reuniões do novo conselho se desenrolaram da melhor forma possível: “Logo de início foi possível ver mais integração entre os familiares, a resolução de assuntos da família que não eram discutidos, sobre suas propriedades e sobre o próprio papel dos familiares na relação com a Geribello”, recorda Anderson.
Para Fabio, um dos pontos que se destacaram durante a implementação do projeto foi “a forma profissional como foram tratados os assuntos de família, sem perder a preocupação em relação à ternura e aos laços afetivos existentes”, ele ressalta.
O caminho continuou sendo pavimentado com o mesmo engajamento durante semanas a fio, até que foi possível construir uma carta de princípios, instrumento que declara quais são os valores essenciais da família na gestão de seu patrimônio. Com base nesse documento, a Consense e a Geribello oficializaram – além do próprio Conselho de Família – a criação de uma Assembleia Familiar, que incluiria outros integrantes da família, como os netos de Marcos, por exemplo.
Ao longo do tempo, Rodrigo, que também integra o Conselho de Sócios, sentiu mudanças significativas no seu próprio relacionamento com a Geribello: “Posso dizer que as reuniões e rituais de encontros familiares e societários me permitiram aberturas inéditas e uma perspectiva que nunca tive em relação ao patrimônio da família e dos negócios da empresa”, ele resume.
Patrícia entende que a criação e adesão de todos a esses novos campos de diálogo simbolizam uma conquista, que possibilitaram, inclusive, a sua própria expressão: “um espaço que se tornou importante para tomadas de decisão e reconhecimento uns dos outros, com as diferenças e familiaridades. E, especialmente para mim, única mulher da família, senti um espaço de escuta para a minha voz e a divisão de tarefas que, por um grande período, ficou extremamente sobrecarregada. Aprendizado e reflexões do lugar e possibilidades de cada um”, ela reflete.
Desenvolvidos em paralelo, os projetos de alinhamento de governança seguem dando frutos e causando impactos positivos na jornada de maturidade da Geribello.
Atualmente, os conselhos de sócios e familiar servem de fórum para discussões específicas do contexto de seus membros e permitem que seus interesses tenham um canal adequado que não transborde para o dia a dia operacional da empresa. “Em conjunto com o trabalho de alinhamento de estrutura que foi conduzido posteriormente, os dois conselhos permitiram a sucessão efetiva do Marcos, que passou a integrar os dois conselhos, enquanto Luciano Alcazar Tani, sócio não familiar, assumiu a presidência da Geribello”, conta Anderson.
Recentemente, escrevemos outro Caso de Sucesso sobre uma empresa de engenharia consultiva, a LBR Engenharia. O desafio lá foi outro e para conhecer, clique aqui.
OS RESULTADOS E O FUTURO //

Além das transformações percebidas no dia a dia da empresa, incluindo o relacionamento entre sócios e familiares e a comunicação entre os agentes societários, a implementação dos conselhos contribuiu significativamente para melhorar os resultados financeiros da Geribello.
Um exemplo disso, foi o crescimento de 38,25% em 2021 em relação ao ano de 2020. O aprimoramento da sinergia e do fluxo de informações entre as estruturas decisórias também ajudou a melhorar os resultados de 2022, que cresceram 78,75% na comparação com 2021.
“No período acumulado entre 2020 e 2022 o crescimento do faturamento foi de 147%, o que é algo extraordinário para qualquer setor de mercado. Obviamente que isso não se deveu somente às mudanças implementadas pelo projeto, mas elas tiveram grande importância no contexto”, esclarece Luciano.
Em 2023, aos 83 anos, Marcos Geribello sente que o desejo de transmitir seu legado e garantir que a empresa que fundou sobrevivesse mesmo sem a sua presença no dia a dia foi alcançado. Mas a sua satisfação com os novos rumos da Geribello vai além: “a Patrícia e o Rodrigo, que antes não participavam das decisões relacionadas à empresa, hoje fazem parte do Conselho de Família. Hoje certas coisas só podem andar com a concordância do conselho. Isso criou um senso de união entre os membros da família. E isso é muito importante”, completa Marcos.
Patrícia, hoje completamente envolvida no fluxo de decisões, sente que sua contribuição faz diferença para uma evolução sólida e confia que o amanhã pode ser ainda mais promissor: “me sinto fazendo parte, afinal sou sócia, mas nunca pude ocupar esse lugar, pois não havia um reconhecimento prático, só formal. E, sendo assim, espero um futuro de crescimento, onde as pessoas, as relações e os propósitos pessoal e coletivo sejam contemplados”, conclui.
Para Rodrigo, as mudanças têm tido reflexos importantes especialmente na fluidez da comunicação do corpo societário, o que deverá trazer impactos nos negócios também a médio e longo prazo. “Conversas abertas com a família e os sócios. Acredito que esse é o melhor legado do projeto da Consense, que vai ficar implementado e virar hábito nosso. Isso permite um acompanhamento mais próximo, a criação de novos contratos entre as pessoas e melhor aproveitamento de possibilidades futuras”, prevê.
Agora na posição de presidente da Geribello, Luciano faz uma análise positiva de todo o processo de implementação dos conselhos e vê com otimismo o caminho que tem à frente da empresa. “O comprometimento das pessoas nas diversas fases do projeto, especialmente na definição de papéis e responsabilidades dos cargos, gerou um espírito colaborativo e um sentido de importância pessoal e profissional na formação da ‘futura’ Geribello”, comenta ele.
É possível dizer que, dois anos após o início dos projetos, tem se construído uma gestão que consegue aliar excelência e empatia, pavimentando um caminho sólido e sustentável para a empresa e seus colaboradores. “Acredito que teremos impactos muito valiosos na profissionalização da estrutura de governança, permitindo um crescimento estruturado e com relações profissionais objetivas, onde o profissionalismo e o humanismo caminhem lado a lado para o sucesso da empresa e o bem-estar pessoal de todos os envolvidos”, presume Fabio Geribello.
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A Consense atua há 10 anos facilitando a evolução organizacional de pequenas e médias empresas de diversos segmentos. O diferencial do trabalho está na busca por desenvolver novas mentalidades ao mesmo tempo em que se implanta as estruturas necessárias para o desenvolvimento do negócio. Além do alinhamento de governança societária e familiar, mencionados neste caso, a Consense também apoia empresas em projetos de desenvolvimento e transformação cultural, design de experiência de clientes e intervenções de aprendizagem para lideranças.
Para saber mais sobre a Consense envie um e-mail para um de nossos especialistas: falecom@consense.com.br