Capital relacional: por que conexões não garantem acesso?

Aconteceu 15/10/2025

Quantos números você tem salvos no celular? Agora pense: quantos desses contatos realmente atendem quando você liga? Melhor ainda: quantos você tem intimidade para ligar sem precisar se reapresentar? 

No mais recente episódio do Consense Talks, Laís Macedo trouxe uma distinção que deveria estar em neon na parede de todo empresário: ter conexões não significa ter acesso. E essa diferença pode explicar por que muitos de nós acumulamos cartões de visita (ou contatos no LinkedIn) mas nunca conseguimos transformar rede em oportunidade real. 

A armadilha da era das conexões 

Vivemos no momento mais conectado da história humana. Você pode adicionar um CEO no LinkedIn, salvar o número de um investidor em um grupo de WhatsApp, dar follow em qualquer pessoa relevante da sua área.  

A sensação de poder é imediata: “Olha quantas pessoas importantes eu conheço!” Mas ter conexões não significa ter acesso de fato a essas pessoas, afinal, a construção de vínculo leva tempo, é um processo moroso e a maioria de nós vive sem querer dar tempo real às coisas morosas.  

Enquanto a inteligência artificial promete produtividade eliminando pontos de contato humanos, Laís aposta na contramão: “Gente nunca vai sair do hype, porque é tudo sobre pessoas.” Num mundo onde até conversas podem ser delegadas para chatbots, o diferencial competitivo está justamente no que não pode ser automatizado: a capacidade genuína de criar vínculos humanos.  

Laís trouxe o termo Inteligência Relacional em contraponto à IA e defende que enquanto empresas investem milhões em IA, deveriam investir equivalente em IR. 

Isso nos leva a uma reflexão para quem lidera empresas: quanto tempo da sua agenda está dedicado para nutrir relacionamentos? Ou você também está apaixonado pela rotina produtiva de dentro de casa, esquecendo que negócios acontecem entre pessoas? 

Quando a autenticidade encontra o mercado 

A criação do Future is Now representa a materialização das crenças de Laís em comunidades reais. Afinal, o grupo é formado por lideranças da nova economia, com um foco real de criar vínculos, e produzir riqueza coletivamente, por meio de acessos de verdade. 

Laís conta que foi radical no início. “O mercado disse: não, não é assim, nessa velocidade não.” Hoje, ela aprendeu a diluir seus ideais na linguagem que o mercado aceita, mas sem renunciar aos valores. 

Este episódio dialoga profundamente com nossa conversa anterior com Alexandra Vianna sobre consistência estratégica. Assim como o marketing precisa de presença constante para gerar resultados, networking exige cultivo diário. Não é campanha, é cultura. 

E também ecoa nosso episódio com Fernando Claro sobre respeitar o DNA organizacional: autenticidade não é sobre não ter protocolo, é sobre “dosar sem eliminar sua espontaneidade”. Você pode ocupar espaços formais sem destruir quem você é. 

Para você que lidera uma empresa e está “apaixonado pela rotina produtiva de dentro de casa”: quando foi a última vez que você saiu para um café sem objetivo comercial imediato? Quando você ligou para aquele contato só para perguntar como ele está? 

Capital relacional não se constrói na urgência. Se constrói no cultivo diário, na presença genuína, no servir sem esperar retorno imediato. 

Assista ao episódio completo no YouTube ou Spotify do Consense Talks e descubra por que, em tempos de IA, a Inteligência Relacional pode ser seu maior diferencial competitivo. 

 🎧 Assista agora o episódio completo:

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