A palavra empatia ganhou destaque nos últimos anos, mas será que estamos realmente compreendendo sua potência como ferramenta estratégica nos negócios? No novo episódio do Consense Talks, Anderson Siqueira recebe Tati Gracia, executiva, pesquisadora e autora, para uma conversa que amplia e aprofunda a compreensão sobre o papel da empatia nas organizações.
Com uma trajetória que passa pelo pioneirismo na internet brasileira (como cofundadora do ParPerfeito), liderança em grandes marcas como Natura e Mondelez e uma sólida atuação na área de comportamento humano, Tati compartilha um ponto de vista raro: empatia não é apenas uma soft skill desejável, mas uma habilidade prática que afeta diretamente resultados, cultura e longevidade empresarial.
Ao longo da conversa, um dos aprendizados mais potentes foi o resgate do conceito de escuta ativa como ponto de partida para o exercício da empatia. Como Tati define, “empatia não é colocar o sapato do outro, é primeiro reconhecer que o outro existe”. Parece óbvio, mas em tempos de excesso de informação, performance a qualquer custo e relações de trabalho mais voláteis, a escuta real (aquela que abre espaço sem julgamento e sem resposta imediata) tornou-se rara. E, justamente por isso, valiosa.
A conversa também trouxe reflexões sobre como a empatia transforma a forma de liderar. Tati propõe que a empatia não é uma característica inata, e sim um músculo que precisa ser treinado com intenção, presença e disposição para o desconforto. A empatia eficaz abre espaço para a vulnerabilidade e para relações mais confiáveis. E líderes que escutam melhor, geram mais comprometimento, inovação e resultados sustentáveis.
Essa abordagem está alinhada com o que autores como Simon Sinek e Daniel Goleman vêm defendendo há anos: negócios que colocam o ser humano no centro, não apenas performam melhor como permanecem relevantes. E em um mundo onde a tecnologia avança mais rápido que as relações humanas, a empatia pode ser a maior vantagem competitiva de uma empresa.
O episódio ainda mergulha em temas como diversidade geracional, confiança nas equipes, o papel da empatia em contextos de IA e a solidão nas organizações. E nos lembra: não há estratégia bem-sucedida sem cultura que sustente. E não há cultura viva sem escuta. O que inclusive nos lembra dos diversos artigos aqui do Blog sobre esse tema, caso queira continuar sua leitura, vá aqui.
Você pode assistir ao episódio completo no YouTube, abaixo:
Caso queira, acesse o episódio pelo nosso Canal no Spotify.
Para mais reflexões como essa e para receber de antemão novos episódios, entre para o nosso ecossistema de conteúdos, assinando também nossa newsletter para receber os novos episódios e conteúdos exclusivos sobre cultura, gestão, governança e liderança.
Equipe Consense