Governança e sucessão: como profissionalizar sem perder a essência

Aconteceu 01/10/2025

No mais recente episódio do ConsenseTalks, Fernando Claro compartilhou os bastidores de uma das experiências mais desafiadoras da sua carreira: assumir como primeiro CEO profissional de uma indústria familiar tradicional. O convite parecia, à primeira vista, a solução para os dilemas de crescimento da empresa. Mas a prática mostrou algo diferente: profissionalizar não começa pela contratação de um executivo externo, começa pela construção de governança. 

 Fernando foi direto ao ponto: sem alinhamento entre sócios e sem rituais claros de decisão, nenhum CEO consegue sustentar mudanças profundas. É nesse terreno que a profissionalização vira apenas troca de nomes no organograma, sem impacto real para a longevidade e legado. Para empresas em crescimento, sejam elas familiares ou não, é fundamental entender que antes de buscar a “pessoa certa”, é preciso preparar o ambiente certo. 

 Alinhamento ou concordância total? 

 Outro destaque da conversa foi a distinção entre alinhamento e concordância total. Sócios não precisam pensar igual, mas precisam sustentar juntos as decisões tomadas com comprometimento e confiança. Quando o não existe coesão entre os sócios, a tendência é que travas atrapalhem o negócio e impeçam as lideranças executivas de avançar com o que é fundamental para o negócio e estratégia.  

Esse ponto ecoa em muitos diagnósticos da Consense: a centralização de um fundador ou a fragmentação dos sócios são fatores que drenam energia e atrasam a estratégia. Clique aqui para ler um artigo sobre esse tema aqui no Blog.  

Delegação é aspecto central 

 Fernando trouxe a visão prática de quem viveu os efeitos da centralização: diretoria reduzida ao papel de gerência e líderes intermediários afogados em tarefas operacionais. Delegar de verdade significa dar autonomia com responsabilização não só repassar atividades. É esse movimento que libera os níveis estratégicos para pensar o futuro do negócio. 

 E, quando se fala em futuro, é impossível não falar de inovação. Mas aqui, novamente, sem modismos: Fernando reforça o valor de uma régua simples que pode salvar empresas do desperdício de energia: 70% no motor principal, 20% em adjacências e 10% em disrupção. A lógica protege o caixa, mantém o foco no que gera resultado hoje e ainda abre espaço para o amanhã. 

 Fernando traz uma provocação direta a empresários familiares vivendo processos de sucessão e a executivos em empresas em expansão: profissionalizar é uma escolha estratégica, não uma medida emergencial. Exige governança proporcional ao estágio da empresa, sócios alinhados e líderes preparados para delegar. 

 Se você está nesse momento de transição, essa conversa ajuda a enxergar que crescer não é suficiente. É preciso amadurecer para durar sem perder a essência que fez sua empresa chegar até aqui. 

 🎧 Assista agora o episódio completo 

 

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