No mais recente episódio do Consense Talks, Alexandra Vianna trouxe uma conversa que desmonta o maior equívoco sobre marketing nas pequenas e médias empresas: confundir estratégia com Instagram bonito. Com vinte anos de experiência em gigantes como Coca-Cola, ASICS e Adidas, ela agora se dedica a transformar o caos empresarial em previsibilidade (e não é com posts que ela faz isso).
Durante o papo, Alexandra nos apresenta uma metáfora que gruda na cabeça: marketing e vendas são irmãos gêmeos que precisam trabalhar juntos. “Marketing prepara o terreno para que vendas possa regar e colher. Se você adubar o terreno errado, o problema não é comercial”, ela explica. É uma mudança radical de perspectiva para quem ainda vê essas áreas como departamentos separados brigando por território.
A realidade dolorosa? A maioria dos empresários só procura estruturar marketing quando “o boca a boca já não sustenta mais”. É na dor da estagnação que descobrem algo que Alexandra define de forma cristalina: marketing é gerador de negócio, não departamento de arte.
Exemplos práticos não faltaram. Ela conta sobre empresas que investem pesado em tráfego pago antes de ter clareza sobre posicionamento, o que acaba sendo como acelerar seu carro na direção errada. Ou os que criam posts lindos sem entender qual é a transformação real que oferecem aos seus clientes. “Ninguém quer comprar um produto, a pessoa quer um problema resolvido”, provoca Alexandra.
A boa notícia? É possível sair do improviso, mas não com fórmulas mágicas.
Alexandra defende que marketing estratégico começa com uma pergunta simples: “Qual é a transformação que uma pessoa passa ao comprar da sua empresa?”. A partir daí, tudo se conecta: público certo, mensagem clara, canais adequados, métricas que importam. Ela também nos lembra que consistência vence genialidade esporádica, tema que ecoa em outros episódios do Consense Talks.
O momento mais tocante veio quando Alexandra refletiu sobre sua própria jornada profissional. Depois de anos se moldando para se adequar às expectativas corporativas, hoje ela valoriza autenticidade acima de tudo. “Se eu pudesse voltar atrás, diria para aquela Alexandra se respeitar e se posicionar, mesmo que incomodasse”, revela, conectando crescimento profissional com crescimento consciente. Um papo que vale a pena cada segundo.
Para quem lidera uma pequena ou média empresa, a mensagem é clara: marketing não é gasto, é investimento estratégico. Mas só funciona quando você para de procurar o brinco na sala enquanto ele está no quarto. (para saber o que isso significa, você vai precisar assistir).
Se você quer parar de confundir movimento com progresso no seu marketing, vale dar o play:
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