Delegar. Frequentemente quando conversamos com líderes e empreendedores sobre esta palavrinha de sete letras, vemos brilho no olhar e tristeza na voz. Parece um sonho distante e inatingível para muitos.
Quando os provocamos a respeito do assunto, a maioria afirma com pesar que não conseguem fazê-lo por que sua equipe não está pronta. Porém, penso com meus botões: se a equipe não recebe chance de provar sua competência como estará ou se demonstrará pronta? Ao contrário, ela permanece infantilizada. Diante disso, o líder se sentirá cada vez mais obrigado a centralizar e assim está montado o ciclo vicioso – está lembrado que a palavra vício significa fraqueza? – de muitas companhias.
Usualmente, estes líderes sabem que precisam mudar a maneira como se portam no dia a dia e assumir posturas mais estratégicas ao invés de se sobrecarregarem com atividades operacionais. É curioso pensar que, em algumas empresas, as horas dos profissionais mais caros acabam gastas em atender telefones ou resolver problemas que poderiam ser entregues a outros.
Se você está neste circuito enfraquecedor, desafio a fazer a si mesmo a pergunta “do que realmente sinto falta: de manter as tarefas e as pessoas sobre o meu controle ou de não de receber claramente as informações do que está acontecendo? Será que acumular as tarefas por medo de delegar é a resposta certa?”.
Aí está uma grande diferença. Em muitos casos, o que falta às companhias não é mais controle e sim um fluxo de comunicação adequado, alinhado com as premissas do negócio, que permita a troca adequada entre equipe e liderança, tanto nas atividades como no resultado obtido e no feedback. Líderes eficazes não são bem-sucedidos por fazerem eles mesmos o trabalho e sim por que têm visão do todo e acompanham as rotinas, sem tirar o foco na estratégica e futuro da companhia.
Não preze por mais controle em sua empresa. Preze por mais fluxo de informação e boa comunicação.
Um abraço,
Camila Carvalho