De algumas semanas para cá, tenho me intrigado ao perceber algo durante a navegação pelas páginas da internet. Reparei que as palavras inovação e tecnologia parecem sempre estar juntas. Nos temas, nas notícias, nos fóruns de discussão nas redes, nas abas, nas conversas.
E vê-las assim parece gerar a impressão de que uma não pode existir sem a outra. Ou até que a inovação está limitada à tecnologia. Mas, isso não é verdade. E, às vezes, tão importante quanto saber o que uma coisa é, é também saber o que ela não é.
Inovar nem sempre tem a ver com tecnologia. Sabemos que o mercado tecnológico e seus produtos/serviços se alimentam de inovação para crescer. Porém, viver em inovação pouco tem a ver com high tech.
O centro da inovação está, na realidade, na percepção na capacidade de ver e perceber o mundo. E isso é humano. Somente pessoas podem cultivar ambientes – e empresas – onde se abrem frestas para o novo.
Talvez a inovação esteja debaixo de sua mesa, no café com a pessoa ao lado, na parede em branco logo à sua frente, no bate-papo com um cliente. O computador, o sistema, a máquina não podem fazer o mesmo. Inovar mesmo, é coisa de gente.
Camila Carvalho
Coeducadora e consultora na Consense Educação para as Relações