
A LBR é uma empresa especializada em serviços de engenharia consultiva que atua desde 1996 dando suporte nas áreas de coleta e tratamento de resíduos sólidos, iluminação pública, gerenciamento, supervisão e fiscalização de obras, infraestrutura e operação rodoviária, etc. Entre seus clientes estão órgãos públicos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres e as Prefeituras de São Paulo, Bauru e Curitiba.
Nesses 26 anos de atividade, a LBR vem se atualizando e aperfeiçoando seus processos internos, com o objetivo de tornar-se cada vez mais relevante em seu segmento e, para isso, recentemente reformulou sua gestão, adotando um Sistema de Governança Corporativa e implementando um programa de compliance, aliados à estrutura de um Sistema de Gestão Integrada, baseados nas mais exigentes normas de qualidade nacionais e internacionais. Dessa forma, a LBR demonstra sua capacidade para atuar com empreendimentos de engenharia de alta complexidade e de todos os portes, sempre levando em consideração a eficiência, a ética e o respeito ambiental.
O DESAFIO //

No início de 2020, a LBR estava em um momento importante de consolidação de seu crescimento, mas ainda enfrentava alguns desafios internos, como a ausência de processos estruturados e papéis definidos, que acabava por gerar retrabalho e dificultava a integração entre as áreas.
Seu crescimento ao longo desses mais de 20 anos aconteceu de forma orgânica. Por muito tempo, a empresa operou com uma administração familiar e muitos processos aconteciam de forma intuitiva. Ficava cada vez mais clara a necessidade de desenvolver as lideranças de forma estratégica para que pudessem lidar com os desafios de uma empresa em ascensão e lidar com pessoas de diferentes idades e culturas.
Isa Guedes, diretora administrativa e financeira da LBR enxergava, entre as demandas mais importantes, a “necessidade de otimizar os processos internos, melhorar o engajamento da equipe e reavaliar atividades e o fluxo de trabalho”.
Os negócios caminhavam bem até ali, mas era importante olhar para o futuro. Para Mônica Soriano, coordenadora de desenvolvimento organizacional, era necessário que o time “compreendesse que a empresa cresceu e que todos precisavam acompanhar este ritmo, deixando de lado os vícios de uma empresa ‘caseira’”, comenta ela.
Foi nesse momento que os caminhos da LBR e da Consense se cruzaram. Uma primeira conversa entre as empresas deixou claro que seria preciso modernizar as práticas da liderança na gestão do negócio. “Apesar de estarem com um caminhar positivo, ainda existia muita centralização por parte de algumas diretorias, não havia práticas de tomada de decisão colegiadas, não havia uma diretoria específica para a área comercial e a estrutura de operações e projetos era insuficiente para lidar com o crescimento que estava por vir”, explica Anderson Siqueira, sócio fundador da Consense.
A SOLUÇÃO: ALINHAMENTO DE ESTRUTURA //

Antes de iniciar qualquer projeto, a Consense realizou um diagnóstico para compreender o contexto estratégico da empresa, como ela lidava com seus clientes e como fazia a gestão de pessoas e de sua cultura organizacional. A partir daí, desenhou-se um plano que seria implementado lado a lado com as lideranças e áreas estratégicas para realizar mudanças no dia a dia que mobilizariam transformações significativas para a empresa no médio e no longo prazo.
Foi assim que, em julho de 2020 deu-se início ao projeto de Alinhamento de Estrutura, com o objetivo de redesenhar toda a configuração organizacional da LBR, incluindo adaptações no organograma, revisão de todos os papéis e funções com suas responsabilidades e autonomias, além da reformulação de todas as políticas de gestão da empresa.
O primeiro passo foi a criação de um comitê com colaboradores de diversas áreas para que, juntos, pensassem em uma nova estrutura a partir de um prisma mais moderno. “Desta forma, foi elaborado não apenas um novo organograma, mas os papéis do negócio e um processo de governança para gerenciar esta estrutura”, relembra Anderson.
Durante as reuniões do comitê, o desenho da nova configuração foi se consolidando e trouxe demandas fundamentais:
- A criação de funções que não existiam antes;
- A eliminação de funções que se sobrepunham;
- Uma nova divisão do portfólio de projetos da empresa;
- A reformulação da cadeia de comando dos projetos, criando unidades de negócio;
- A descentralização de decisões estratégicas, que eram tomadas apenas pela área de engenharia;
- O desenvolvimento da nova área comercial, com a promoção de um novo diretor para liderá-la;
- A reformulação da cadeia de qualidade, para que se tornasse mais independente;
- A modernização da forma como a empresa documentava os papéis e atribuições;
- O sentimento de equidade de importância para todas as áreas.
A cada reunião, o time da Consense facilitava a construção de uma etapa: durante sete meses, apoiou a pesquisa e o pensamento crítico das pessoas, entregando novos saberes e técnicas que ajudaram a compor uma ideia mais madura, moderna e ampla sobre todos os artefatos que compunham a nova cultura para a estrutura desejada. Já nessa fase, Isa Guedes notou mudanças na mentalidade dos colaboradores do comitê: “Como as equipes que fizeram a construção dos papéis eram mistas (vinham de diversas áreas), a percepção com relação ao ‘trabalho do outro’ mudou, já que conseguimos ver, no detalhe, as responsabilidades das diferentes áreas da empresa”, ela ressalta.
OS RESULTADOS //
Apesar de uma natural resistência das pessoas às mudanças em um primeiro momento, com o apoio dos diretores, em março de 2021 deu-se início a implementação da nova estrutura e, em pouco tempo, os colaboradores da LBR começaram a notar as diferenças no dia a dia.

Para o gestor de operações Eduardo Yoshikuni, por exemplo, ficou evidente o “aumento do comprometimento dos colaboradores, como um todo”. Ele diz ainda que o impacto do projeto foi “extremamente positivo, face ao crescimento do volume de negócios que necessitam de processos mais modernos. Para tanto, existe a necessidade de maior preparo do pessoal”, complementa.
Isa também notou mudanças significativas em questões estratégicas: “empresa mais organizada, com entendimento da responsabilidade de cada papel e maior engajamento das lideranças”.
Hoje, um ano e seis meses após o início da implementação da nova estrutura, os resultados ainda se desdobram e a ideia é que ela continue sendo aprimorada e dando frutos, o que já vem acontecendo pelas mãos do próprio comitê, que modernizou ainda mais o desenho original e se apropriou de sua gestão. Mônica é otimista sobre o que vem pela frente: “Acredito que as pessoas aos poucos estão percebendo que uma estrutura coesa e as decisões de hoje é que vão garantir um futuro próspero para a empresa e para seus colaboradores”, conclui.
NOVOS HORIZONTES, NOVOS DESAFIOS //
Depois de redesenhar uma estrutura organizacional, é natural que se sinta a necessidade de criar um novo modelo de governança para o negócio. Afinal, ao modificar a maneira como os papéis e funções são desempenhados no dia a dia, é preciso determinar como o fluxo das decisões e das informações passarão a percorrer a organização. Para Orlando La Bella, sócio proprietário da LBR, nesse momento era importante “mostrar para os colaboradores que a empresa é uma só e não formada por grupos independentes”. Havia, da parte dele, a expectativa da “criação de uma cultura de processos colaborativa e mais união dentro da empresa”.
E foi aí que a Consense entrou mais uma vez:
“Nosso projeto Sistema de Decisão Integrado (SDI) tem esse papel, criar um processo decisório que integre as áreas da organização, de forma que todas possam contribuir com suas perspectivas sobre as decisões. É importante dizer que este projeto não prega o consenso a todo custo, mas o uso adequado de ferramentas, tecnologias e diálogo que permitam que as decisões tomadas realmente fluam por todo o negócio e cumpram seu papel”, explica Anderson Siqueira.
Porém, para que o projeto fosse bem-sucedido era fundamental contar com uma liderança estratégica, com habilidade para negociar e trafegar pelos desafios, que incluíam uma profunda transformação cultural. Por isso, o SDI prevê algumas fases que visam discutir o papel dos gestores e aprofundar sua compreensão sobre como tomar decisões de maneira abrangente e sistêmica.
NOVAS SOLUÇÕES: A IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE DECISÃO INTEGRADO //
Em julho de 2021 aconteceram as primeiras reuniões do projeto também chamado de SDI, que tiveram como ponto de partida discussões sobre gestão e governança e a necessidade de alinhamento entre as diretorias. Em seguida, uma série de comitês temáticos foram criados envolvendo pessoas de diferentes áreas, com o objetivo de permitir que as decisões fossem colegiadas de forma adequada.
Como é esperado no início de processos que envolvem mudança de cultura, foi desafiador para a maioria dos colaboradores conciliar suas agendas diante do grande número de reuniões. Segundo Isa Guedes, houve impasses também na adaptação ao novo modelo de governança: “Tanto a diretoria quanto os demais comitês tiveram dificuldade em saber quais os assuntos mais relevantes deveriam ser abordados nas reuniões. Por exemplo, assuntos que deveriam ser tratados pelas lideranças, sendo discutidos com a Diretoria”, exemplifica ela.
Porém, os comitês rapidamente se integraram e a aproximação entre as pessoas foi inevitável, o que resultou em “mais sinergia e menos sensação de concorrência entre as áreas”, de acordo com Mônica Soriano.
NOVOS RESULTADOS //

O SDI foi lançado oficialmente em fevereiro de 2022 e, desde então, as melhorias têm sido percebidas em todas as áreas. Um marco importante da implementação foi a criação do primeiro comitê de diretoria da história da LBR, que passou a reunir todos os diretores para discutir assuntos relevantes de toda a empresa. Era o início de um novo momento, que deixava para trás a centralização e a confusão que as decisões unilaterais causaram por bastante tempo. O novo processo também trouxe a garantia de que as resoluções da Diretoria irão percorrer um caminho apropriado até chegaram à operação.
Outros avanços importantes que o SDI trouxe:
- O projeto deu movimento para o desenho do organograma, uma vez que estimulou as novas áreas a funcionarem de forma integrada;
- Criou novos espaços de decisão, a exemplo do comitê de diretoria, que contribui significativamente para solidificar a integração entre as áreas;
- Tem contribuído para a ampliação da consciência e da maturidade das lideranças – tanto executivas quanto gerenciais – ao passo que suas discussões promovem o senso crítico;
- O negócio tem ganhado um senso de unidade, graças à recorrência dos espaços de diálogo.
Na visão de Isa, as melhorias vão além. “Hoje há uma visão sistêmica dos processos por parte dos líderes, mais agilidade nos processos, mais empatia entre líderes e liderados e até as reuniões se tornaram mais produtivas e organizadas, já que são registradas e têm acompanhamento”, explica.
Orlando La Bella concorda que os benefícios são bastante visíveis e aposta em um futuro ainda mais sólido: “Já está gerando mais relacionamento entre as áreas, que estão aceitando novas ideias e tecnologias e, no futuro, com certeza teremos uma gestão toda profissional em cima de processos e diretrizes”, acrescenta.
Do ponto de vista da cultura organizacional, os resultados também têm sido positivos e apontam uma redução de turn over e aumento da solidez do time. Nas palavras de Mônica, “a criação de planos de ação conjuntos entre as áreas, além de fortalecer a empresa, pode ajudar na retenção de talentos e melhorar a comunicação, desde a operação até o time de gestão”, finaliza.
IMPACTO EM NÚMEROS //
Todas essas transformações que vêm sendo implementadas e consolidadas desde 2020 contribuem para que a LBR cresça de forma saudável e sustentável e já apresenta impactos positivos na receita e, portanto, nos lucros da empresa. Nos gráficos abaixo é possível comparar os números do período anterior aos projetos da Consense com os resultados obtidos até o final de 2021.



Um dos avanços mais significativos que se pode observar é que mesmo com a redução de quase 40% do quadro de colaboradores de 2018 para 2021, a LBR conseguiu aumentar sua receita em 50% no mesmo período. Com mais maturidade e segurança em seus processos internos, a empresa tem evoluído de forma notável em todos os sentidos, o que reflete inclusive na superação das metas financeiras estabelecidas para o ano de 2021.
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A Consense atua há 10 anos facilitando a evolução organizacional de pequenas e médias empresas de diversos segmentos. O diferencial do trabalho está na busca por desenvolver novas mentalidades ao mesmo tempo em que se implanta as estruturas necessárias para o desenvolvimento do negócio. Além do alinhamento de estrutura e do sistema decisório integrado, mencionados neste caso, a Consense também apoia empresas em projetos de desenvolvimento e transformação cultural, design de experiência de clientes e intervenções de aprendizagem para lideranças.